Christian Louboutin - Red Sole
Características: sapatos exuberantes.
O que só ele tem: a sola vermelha.
Quem usa: Madonna, Nicole Kidman, Kate Winslet, Kirsten Dunst, Gwyneth Paltrow, Cate Blanchett, Sarah Jessica Parker e até Suri Cruise.
O melhor: os saltos vertiginosos.
Preços: de R$ 2 mil a R$ 12 mil.
Aos 15 anos, o parisiense nascido no operário 12emme Arrondissement já criava e vendia sapatos para as dançarinas dos cabarés onde fervia a noite de Paris. Mas Christian Louboutin também era frequentador assíduo de salas de música e teatro, além de museus. Foi mixando culturas tão díspares que passou a desenhar calçados para grifes gigantescas, como Christian Dior, Chanel e Yves Saint Laurent, nos anos 1980. Quando a década chegou ao fim, deu um tempo na carreira para se dedicar ao paisagismo e só retomou em 1992, abrindo a butique Christian Louboutin na Galeria Vero-Dodat. Quatro meses depois, uma jornalista americana da W Magazine que procurava novos endereços trend em Paris ouviu uma animada conversa entre duas mulheres sobre Louboutin. Uma delas era a princesa Caroline de Mônaco. Reportagem publicada, o voo do sapateiro rumo ao estrelato começava. Suas criações – ora sexy, ora clássicas, ora exuberantes, ora despretensiosas – se uniram em um símbolo: a sola vermelha. “Estava pensando em pop art e queria algo que tivesse uma única cor. Também queria que as mulheres deixassem uma imagem quando vistas indo embora”, explica. Hoje, a grife está presente em 46 países, no Brasil inclusive, e calça as maiores estrelas do mundo. Segundo o Luxury Institute, a marca é a mais desejada do planeta pelo terceiro ano consecutivo. Seu idealizador também colabora com outros designers, como Azzedine Alaïa e Diane von Furstenberg. Em 2002, Louboutin criou um sapato para a última coleção assinada por Yves Saint Laurent (morto em 2008). No ano passado, esteve no centro de um burburinho quando começaram as gravações de Sex and the City 2: ele substituiria Manolo Blahnik nos pés da personagem Carrie Bradshaw.
Manolo Blahnik - Drama King
Características: peças clássicas.
O que só ele tem: conforto único.
Quem usa: Demi Moore, Jennifer Lopez, Jennifer Aniston, Madonna, Elizabeth Hurley e Angelina Jolie. O melhor: escarpins e sapatilhas.
Preços: de US$ 250 a US$ 1 000.
Os saltos anabela e plataforma, presentes até hoje em sapatos femininos, foram criados em 1938 por um italiano cuja genialidade se mostrou na infância. Aos 9 anos, Salvatore Ferragamo confeccionou o seu primeiro par de calçados e presenteou a irmã. Com 14 anos, já produzia e vendia sapatos em uma pequena loja montada na casa dos pais, em Bonito, província de Avellino. Com 16, ele e um de seus 13 irmãos decidiram emigrar para Boston, Estados Unidos, à procura do sucesso. Trabalharam por um curto período numa fábrica de botas e depois se mudaram para a Califórnia. Na terra dos sonhos, Hollywood, passaram a fazer calçados sob medida. Os desenhos de Ferragamo logo viraram uma febre entre as estrelas de cinema. A fama, entretanto, não o satisfazia por completo. Ele queria dar beleza, mas também conforto, aos pés de suas clientes. Buscando tal perfeição, entrou na University of Southern California, onde estudou anatomia. Em 1927, após 13 anos se aventurando por terras americanas, retornou à Itália, dessa vez para morar em Florença, então a capital mundial da moda. Inaugurou a marca que leva o seu nome e a reputação entre as celebridades transformou a grife numa gigante mundial. Talento nato aliado aos estudos anatômicos carimbaram suas criações e garantiram uma lista de clientes estreladas: Eva Peron, Audrey Hepburn, Carmen Miranda, Marlene Dietrich... Greta Garbo chegou a encomendar 70 pares de uma vez! Nos anos 1930, veio a Grande Depressão, mas Ferragamo não se abateu. Adotou materiais mais baratos, como cânhamo, cortiça, palha e os primeiros materiais sintéticos. Daí surgiram o salto anabela, a plataforma, os saltos de metal. Ferragamo morreu em 1960, aos 62 anos, mas seus seis filhos seguiram com o negócio.
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